terça-feira, 20 de maio de 2008

Mês dos Muses (parte III)

<><>Domingo (18/04) foi o Dia Internacional dos Museus. Como estava no “clima” do dia, resolvi visitar o Museu Egípcio que está no Shopping Total em Porto Alegre. Ele é itinerante e está no Salão Cairo até 12 de junho. São mais de 450 peças do artista plástico egípcio Essam Elbattal, que já expôs em países da América do Norte, Japão e Alemanha. O lugar é fascinante, mesmo para aqueles que não apreciam muito esse tipo de evento. Há um espetáculo de luz e som, quando um foco de luz se estende até as estátuas para que a “voz dos deuses” soe no recinto.
<><>No entanto, com algumas exceções, museus são vistos como um depósito de velharias. Um lugar onde só pesquisadores, intelectuais e estudantes (levados por seus professores) visitam. Envoltos em mistérios, a maioria das pessoas não saberia explicar o simbolizam aqueles quadros e objetos. No Brasil, infelizmente, ele ainda é visto como algo inacessível e sem necessidade na formação da cidadania e da identidade brasileira.
<><>Essas questões têm a ver com o valor dado à memória, ao patrimônio e à documentação histórica. Diante da vida corrida, cheia de inovações tecnológicas, o museu parece ser algo estático em contraposição à dinâmica do nosso dia-a-dia. Talvez a resposta seja que a história ainda permanece distante da maioria, como se fosse um abismo e com ela um dos seus principais veículos, os museus. A chave para a resolução do problema é a ligação com a educação, segundo os estudiosos. Nas palavras do professor José Mauro Loureiro:
<><>O fenômeno museu configura-se espaço institucionalizado de memória, o qual se inter-relaciona com o individuo e a sociedade por meio do processamento e exposição dos bens culturais concretos e simbólicos que originam o patrimônio cultural. Assim considerando, o fenômeno museológico resgataria para o indvíiduo o passado, de modo a prover um campo de significações que permita a ele e à sociedade uma contínua redefinição de sua experiência histórica e sociocultural.

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