segunda-feira, 4 de janeiro de 2010


Inicio esta blogada me desculpando pelo período de ausência. Já comentamos neste espaço sobre questões referentes à fugacidade do tempo, da corrida que estabelecemos constantemente contra o relógio. Acredito que esta percepção é decorrente da atribulação de atividades que reunimos no dia a dia, o acúmulo de tarefas acabam alterando a noção de tempo. Fato que se intensifica em determinados períodos, como nos finais de ano. Não pretendo com isso justificar a falta de blogadas no mês de novembro e dezembro, apenas propor uma reflexão sobre como muitas vezes acabamos sendo controlados pelo tempo, ou seja, nos tornamos seus reféns.

Assim, mais um ano se inicia e ficamos com a sensação que o anterior passou “voando”. Tenho esta percepção em relação às visitas que foram realizadas com o Museu Itinerante Memória Carris nas escolas e eventos da Capital nesse ano que findou. Esta impressão é intensificada por alguns fatores que fizeram de 2009 um período atípico para o Memória, tais como a Gripe A e alguns problemas estruturais do Museu. Estes empecilhos acabaram por reduzir os índices de visita, no entanto, seu caráter itinerante permitiu que cumpríssemos o papel de descentralizar cultura e educação. Duas premissas que em tese deveriam ser de acessibilidade universal, todavia, acabam muitas vezes sendo sonegados da população.

Será que conhecemos nossos direitos? Como questionar? Como reivindicar? Em que tempo entre tantas atividades e obrigações diárias? Como participar efetivamente da sociedade? Não apenas como sujeitos passivos a mercê das ações de um determinado grupo, que através do nosso voto legitimam suas ações. Mas ativos, participando efetivamente das construções sociais. Como despertar esta consciência em meio à corrida que estabelecemos contra o relógio entre tantas atividades? Acredito que a via principal é a educação. O acesso ao ensino de qualidade a todos é o nosso pedido da virada de ano.
Um Feliz 2010 a todos!