segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Memórias e sensiblidades na Escrita. Homenagem a Moacyr Scliar

A galeria e os bondes
“Ah, os bondes. Quisera eu que este texto pudesse ter registrado o suspiro que brotou de meu peito quando escrevi esta palavra. Porque o bonde era mais que um meio de transporte, era uma forma de vida. (...) Os bondes permitiam a nós, crianças, numerosas aventuras. Tomá-lo em movimento, por exemplo, uma cena que reproduzia aquelas de filmes americanos em que o mocinho salta para a plataforma de um trem.(...) O bonde gerava histórias, provérbios (“Tudo na vida é passageiro, menos o condutor e o motorneiro), anedotas”. (Scliar, Moacyr. Porto de histórias: mistérios e crepúsculo de Porto Alegre, 2000, p. 46).

Acima um pequeno trecho de um texto do nosso grande escritor Moacyr Scliar, no qual ele compartilha com seus leitores um pouco das suas vivências nos antigos bondes da Carris, que fazem parte das memórias individuais e coletivas da cidade.