sexta-feira, 11 de novembro de 2011

NA “PARADA DA MEMÓRIA”

Na foto da esquerda para a direita: Marcos Silva, Luis Fabiano Silva, Ana Laura Silva , Rita Isabel Silva e Ana Lívia Silva
          Em nossa última postagem do Blog, compartilhamos com todos a nossa participação junto à 57ª Feira do Livro e destacamos a troca estabelecida em meio às atividades que estamos promovendo com os participantes. Experiência que tem nos sido imensamente gratificante. Nesse sentido, gostaríamos de partilhar, ao longo do tempo, nossas (com) vivências na Feira.
No dia 02 de novembro, quarta-feira, recebemos a Sra. Rita Isabel da Silva que logo revelou, enquanto observava a exposição Fragmentos Urbanos, ter uma história relacionada àquelas imagens. Sugerimos que ela contribuísse com nosso acervo, prestando seu depoimento em nossa cabine da Parada da Memória.
Rita Isabel iniciou seu depoimento revelando que para ela a visita que estava fazendo naquele dia, em nosso espaço, era muito importante, pois vendo as fotos acabou por remeter-se “a coisas muito queridas”. As coisas queridas de Rita eram suas lembranças do pai.
Rita revelou que seu pai, Sr. Adão José da Silva, trabalhou durante muitos anos na Carris. Foi o primeiro e único trabalho de Adão que aos dezoito anos, segundo Rita, foi contratado, se afastando da Cia. somente no momento da sua aposentadoria.
Ao pronunciar suas lembranças, Rita impõe com uma sensibilidade única um tom fraternal ao seu discurso. Por coincidência fazia, naquele dia, 17 anos que o pai de Rita havia falecido.
Para reproduzir as emoções que conduziram nossa vivência com Rita só mesmo reproduzindo por escrito parte de seu depoimento:
“[   ] Eu e minha irmã nos sentimos muito orgulhosas do meu pai porque eles (os funcionários da Carris) eram uniformizados. Aquela roupa tinha que ser impecável. Então eu lembro da minha mãe passando o uniforme. Meu pai sempre foi muito vaidoso, se cuidava muito. [...] Então ele sempre barbeado com aquela roupa alinhada, que era engomada para que os frisos ficassem bem marcados. [...]  Lembro do pai quando chegava do trabalho, nos ficávamos esperando, a parada era quase em frente a nossa casa, lembro dele descendo do bonde.”
É com a imagem do pai de Rita descendo do bonde e de sua alegria em rever o pai que damos término a esta postagem. 

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