segunda-feira, 8 de julho de 2013

Um pouco da história do Mercado Público...



 Na noite deste último sábado uma quase tragédia ocorreu no Centro de Porto Alegre. O quarto incêndio que atingiu ao Mercado Público ao longo de sua história está sendo definido aqui neste texto como "quase tragédia", pois o Mercado Público resistiu em sua maior parte e o que foi destruído será reconstruido. O fato é que este prédio faz parte da história da cidade e representa muito para a memória dos porto-alegrenses, perdê-lo configuraria uma grande tragédia para a cidade.  A história do Mercado Público inicia ainda na primeira metade do século XIX, a partir da década de 1840 a pequena cidade de Porto Alegre passa a receber prédios urbanos que demonstravam o seu crescimento. Um destes prédios foi o primeiro Mercado Público de Porto Alegre, construído em 1842, no espaço em que hoje se localiza o Chalé da Praça XV. Em pouco mais de vinte anos, em 1869, o acelerado processo de urbanização da cidade levou a construção de um novo Mercado. Uma história interessante do Mercado Público, e que se mistura com a história do transporte público da cidade,  é que junto com a sua construção surgiram os “mascates”, comerciantes que se abasteciam nos armazéns do Mercado e revendiam as mercadorias nos arrabaldes. Na volta para a “cidade” traziam como “caronas” moradores locais. Dando origem, portanto, a um improvisado sistema de transporte público em Porto Alegre. No ano de 1912 iniciou-se a construção do segundo andar do mercado, o objetivo era abrigar neste espaço escritórios e órgãos da administração pública. Foi durante estas obras, concluídas em 1913, que ocorreu o primeiro incêndio do Mercado. Neste momento foram atingidas pelo fogo algumas tendas que vendiam produtos no seu pátio interno. Outros dois incêndios ocorreram, respectivamente nos anos de 1973 e 1979. O Mercado sempre resistiu a estes infortúnios e desta vez não será diferente.  Temos certeza que em pouco tempo veremos novamente seus portões abertos para receber boa parte da vida da cidade, que acontece entre suas bancas de frutas, de peixes, de doces, por entre seus bares, restaurantes e padarias. Estes são nossos votos para este prédio tão querido pelos porto-alegrenses, que ele se recupere o mais rápido possível para voltar a receber os nossos cidadãos.



             Foto do Mercado Público que faz parte de nossa exposição "Memórias Sobrepostas".




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