segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Exposição Temporânea no Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo

      Nesta última semana, nossa colaboradora Claudete Luz (já falamos sobre ela em outras postagens) esteve no Museu de Porto Alegre fotografando nossa exposição "Temporânea: revitalizando memórias com Porto Alegre". Esta exposição foi produzida através de uma ação conjunta entre a Cia. Carris, a Secretaria Municipal de Governança, o Projeto Viva o Centro e a Associação Cultural Amigos da Memória Carris. Seu objetivo foi pensar e dar visibilidade aos processos de recuperação de territórios de Porto Alegre, tendo como foco as recentes ações de revitalização do Centro Histórico. 
    A mostra está dividida em 04 eixos: Cidade Antiga, Cidade Contemporânea, Cidade do Futuro e Coração da Cidade, demonstrando os encontros e desencontros das diferentes temporalidades da cidade. Com a exposição também se buscou ressaltar a importância da preservação e da valorização do patrimônio urbano, despertando laços de pertencimento e identificação na comunidade porto-alegrense em relação aos espaços da cidade. Espera-se que esta consciência se reflita num cuidado maior com estes espaços. 
    Quem for ao Museu Joaquim José Felizardo, além de conhecer a Temporânea, poderá apreciar  os acervos presentes no museu e a própria arquitetura do seu prédio. O solar Lopo Gonçalves, espaço que abriga o Museu de Porto Alegre, foi construído entre 1845 e 1855, para ser uma "residência de chácara", lugar de descanso da família do comerciante português Lopo Gonçalves. Sua arquitetura tem influência luza, sendo que o próprio prédio é parte do acervo do museu.
      Além do prédio, também podemos destacar como parte do acervo do Museu uma coleção de 20.000 fotografias que contam a história de Porto Alegre. Ou seja, visitar o Museu de Porto Alegre Joaquim José Felizardo é um interessante programa na cidade. As visitas podem ser feitas de terça a sexta - feiras, das 9h às 11h 30 min e das 14h até as 17h 30 min. A seguir postamos algumas das fotografias que foram tiradas pela Dona Claudete.
















segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Memória Carris no Acampamento Farroupilha

       Já postamos um texto comentando sobre o Acampamento Farroupilha no Parque Harmonia. A Cia. Carris Porto-Alegrense encontra-se representada no Acampamento através do Piquete "Herança Pampeana". O tema da Semana Farroupilha deste ano é "O Rio Grande do Sul no Imaginário Social", nós da Unidade de Documentação Memória participamos das comemorações através das atividades culturais que estão ocorrendo no nosso Piquete, sendo que estas atividades foram desenvolvidas dentro da temática do imaginário rio-grandense.
       Na última sexta-feira, após muitos ensaios, realizamos nossa primeira apresentação. Nosso primeiro público foram os alunos da creche "Três Corações". Apresentamos a leitura de um texto que fala sobre a importância do imaginário para a cultura de um povo, a representação teatral da lenda do João de Barro e a contação do conto "A última Viagem do Bonde Gaiola", de autoria de Clovis Milton Duval Wannmacher, antigo usuário dos bondes da Carris.
       O ponto alto de nossa apresentação foi a representação da Lenda do João de Barro, que causou grande impacto nas crianças que assistiam o espetáculo. Nossos colegas, atores da peça, se caracterizaram como indígenas e mais tarde como pássaros, o que chamou muito atenção dos aluninhos da creche. Nossas próximas apresentações serão: terça-feira, dia 17/9 às 13:00; quarta-feira, dia 18/9 às 18:00 e quinta-feira, dia 19/9 às 13:00 horas. Todos os nossos amigos estão convidados a comparecer e prestigiar nossas apresentações. A seguir, postamos imagens deste evento.



Início da nossa apresentação.




Encenação teatral da "Lenda do João de Barro".




O Diretor-Presidente da Carris Sérgio Zimmermann, junto com o patrão do CTG "Herança Pampeana" Elson Mello, recebendo uma maquete do Piquete produzida pelos alunos da creche "Três Corações" como homenagem a Cia. Carris.






segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O BONDE PETRÓPOLIS

Relembrando mais um pouco a relação entre os porto-alegrenses e a Cia. Carris, iremos transcrever a seguir um texto de um antigo usuário dos bondes da companhia. Trata-se do senhor Jorge Brinckmann, que escreveu o conto "O Bonde Petrópolis" para lembrar de sua juventude. Este conto foi publicado em 2002, durante as comemorações dos 130 anos da Carris, no livro "Cento e trinta anos Carris: Relatos da História e Outras Memórias".

O Bonde Petrópolis

    Uma velha tia, sempre que tomava conhecimento de que alguém teve uma conduta condenável (principalmente se era da família), dizia: "Alguém tem que colocar esta criatura nos trilhos". "Os bondes são o melhor exemplo a ser seguido pelas pessoas que querem andar pelos trilhos certos da vida, pois eles não saem dos trilhos, e quando saem, logo voltam", dizia minha tia olhando para nós, os sobrinhos. 
    Em 1958, ao completar 18 anos, recebi autorização do meu pai para chegar a qualquer hora em casa. meu presente foi além da calça "boca 18". Ema chave da porta da frente, como se dizia. Naquela época era assim. Minha mãe não gostou muito dessa liberdade de horário, porque até aquele momento, sempre que eu chegava depois das 23 horas, tinha que bater na janela do quarto dos "velhos" e esperar que um deles abrisse a porta para mim. Geralmente quem abria a porta era a minha mãe. 
    Morávamos em Petrópolis, quatro quadras do fim da linha do bonde, que era na esquina da Rua Carazinho com a Avenida Protásio Alves. De madrugada ouvia-se o ruído forte das rodas do bonde sobre os trilhos, chegando no fim-da-linha. Nas madrugadas de de sábado e domingo, minha mãe ficava esperando o "bonde coruja", que passava pelo abrigo da praça XV, mais ou menos às 3 horas da manhã, quando ainda a Boite Tabaris ia em meio às suas noitadas. Ela era sobre o abrigo, e a gente chegava até lá subindo por uma escadinha estreita no centro (escada que nunca me animeia a subir, porque não tinha dinheiro nem para pagar a entrada, quanto mais para a consumação de uma das "moças" frequentadoras habituais). A música era ao vivo. Nunca soube que tivesse havido uma baderna na Tabaris. 
    Até mais ou menos meus 21 anos, nos fins de semana, minha mãe só dormia depois das três e meia ou quatro horas, pois ficava esperando ouvir o barulho do "bonde coruja" chegando no fim da linha, travando, trocando a alavanca e voltando. Quinze ou vinte minutos depois eu chegava em casa.
   Lá por 1959, passei a usar uma linha de ônibus que passava em frente a nossa casa, depois da meia-noite, de uma em uma hora. Aquela comunicação entre o bonde a minha mãe foi especial. Até hoje ela conta que vez ou outra sonha e acorda sobressaltada, por ter ouvido o bonde chegar no fim-da-linha. A única vez que saí dos trilhos, segundo a minha mãe, foi quando comecei a andar de ônibus, mas aí a velha tia não mais existia. 




terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ação da Carris na Zona Norte

Na madrugada do último sábado fomos todos surpreendidos com a triste notícia do rompimento de um dique na zona norte de Porto Alegre, fato que deixou centenas de famílias desabrigadas. Desde sábado de manhã que a Cia. Carris auxilia no deslocamento dos moradores da região que ficaram desalojados, utilizando dois ônibus que levam as famílias desde as suas casas até a EMEB Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha, local onde estão sendo cadastrados e alojados. A Unidade de Atendimento Psicosocial da Companhia oferece apoio psicológico aos afetados pelo incidente. Em momentos como estes toda a ajuda é bem vinda. As doações para os moradores do Bairro Sarandi podem ser encaminhados à EMEB Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha (Rua Xavier de Carvalho, 247). No momento, são especialmente necessários itens como colchões, materiais de higiene pessoal, roupas calçados e alimento para consumo imediato, como pão, manteiga, frutas, entre outros. Postaremos a seguir fotos da ação da Carris no Bairro Sarandi durante o sábado. 












* Obs: para produzir este texto utilizamos as informações postadas no facebook "Carris POA".