sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Madiba


       Hoje abrimos um parênteses em nossas postagens para falarmos sobre Nelson Mandela. O dia cinco de dezembro de 2013 com certeza entrará para a história, ontem a noite perdemos um dos maiores líderes destes últimos séculos. A vida de Nelson Mandela é uma aula de história e uma lição de determinação e luta pela justiça. 
      Nascido no ano de 1918 em Mvezo, zona rural próximo à região do Cabo na África do Sul, Mandela era membro da nação Xhosa, uma tradicional tribo da região. Em 1942 Mandela começou a frequentar as reuniões do CNA (Congresso Nacional Africano), movimento que lutava por condições mais iguais entre negros e brancos na África do Sul, país politicamente dominado por uma minoria branca formada por descendentes de inglês, holandeses e alemães. Em 1948 o Partido Nacional chegou ao poder na África do Sul e criou o "apartheid", uma política de segregação racial oficializada pelo Estado. Tornaram-se políticas de Estado medidas como a proibição de casamentos entre negros e brancos, a criação de áreas residenciais exclusivas para negros, assim como escolas também segregacionistas, além de outras medidas racistas. Postamos a seguir, imagens em que apresentam exemplos de práticas racistas que aconteciam com apoio oficial na África do Sul no período:

Bebedores exclusivos para brancos e negros. 


Praia segregacionista, com áreas exclusivas para brancos.

        Neste momento,  a CNA tornou-se o principal foco de resistência e luta contra o apartheid e Mandela a sua mais importante liderança. Em 1952 Mandela foi preso pela primeira vez. Em 1960 a CNA tornou-se ilegal e Mandela, juntamente com outros partidários do movimento, criaram a "Umkhonto we Sizwe" (Lança da Nação), mão armada do movimento anti-apartheid.  Após dois anos agindo através da "Umkhonto we Sizwe", Mandela foi preso em 1962, ficando na cadeia por 27 anos.
       Ao sair da cadeia, em 1990, Mandela assumiu um discurso de conciliação e esforço para unir o país em torno da ideia de reconstrução com respeito aos diferentes povos que o compõem. Em 1994 foi eleito presidente da África do Sul e colocou em prática o seu discurso conciliador, pregando que era o momento de esquecer o passado e construir um novo país. Em 1999, quando deixou a presidência, realmente a África do Sul era um país bastante diferente, buscando ativamente superar seu passado segregacionista.
      São de Mandela as seguintes palavras: "Ninguém nasce odiando outra pessoa por causa da cor de sua pele, ou por causa de sua origem ou religião. As pessoas aprendem a odiar e, se elas aprendem a odiar, elas podem ser ensinadas a amar, porque o amor vem mais naturalmente para o coração humano do que o seu  posto". Desejamos que fique como legado de Mandela a consciência de educar as próximas gerações para o amor e a tolerância e não para os seu opostos. Que possamos aprender a conviver e respeitar todos, a pesar de nossas diferenças.


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Um comentário:

Anônimo disse...

Madiba, não Mandiba.